miércoles, diciembre 06, 2006

  • Acceso a Sociedad Quinta Via
  • Mobilidade Corporativa

     Mobilidade Corporativa: Introdução



    A dinâmica das organizações modernas exige a mobilidade dos seus colaboradores dentro e fora das suas instalações.


    E o que é Mobilidade Corporativa?


    Se a pergunta for efetuada para o CEO da empresa, mobilidade é a possibilidade de responder emails enquanto estiver fora do escritório.


    Se for efetuada para um representante de vendas, mobilidade é a possibilidade de acessar informações importantes durante uma visita a um cliente.


    Se for efetuada para um consultor de negócios, mobilidade é a possibilidade de estar em um seminário ou em um cliente e receber e responder questões urgentes de projetos em andamento.


    O fato que estamos vivenciando é que a mobilidade esta mudando radicalmente a forma de como fazer negócios e rapidamente alterando os conceitos tradicionais de trabalhar como podemos observar na tabela abaixo:





    Tabela 1: A erosão do trabalho tradicional.



    Pessoas, Processos e Tecnologia


    Deve-se destacar que Mobilidade é muito mais que tecnologia, é o entendimento de como pessoas, processos e tecnologia se interagem para fazer o trabalho melhor.


    Considere, por exemplo, como a solução de mobilidade deveria ser fornecida nos seguintes estágios:
    Pessoas: Acesso apropriado e fácil para informações e aplicações independentemente de local, hora do dia ou dispositivo;
    Processos: Soluções com custo efetivo que melhorem a eficiência dos processos para alcançar os objetivos estabelecidos de melhoria da satisfação dos clientes e redução de custos operacionais;
    Tecnologia: Infra-estrutura escalonável, segura e interoperável que possibilite atender às necessidades das pessoas e dos negócios.

    Mobilidade Corporativa: Cenário Atual e Drivers



    Cenário Atual


    As tecnologias de mobilidade, das quais se destacam a telefonia celular, PDA’s, notebooks, smartphone, dispositivos e redes Wi-Fi e sistemas de radiocomunicação pessoal, já fazem parte do dia-a-dia das empresas brasileiras e a tendência é que um maior número de empresas busque na mobilidade o diferencial competitivo para os seus negócios.


    Um certo caos está estabelecido pelo fato de que a grande maioria dos dispositivos móveis passou a fazer parte das atividades da corporação através das áreas de negócio sem nenhuma estratégia centralizada, que tivesse como objetivo buscar o melhor aproveitamento e gestão de recursos, tanto nos aspectos de suporte técnico à infra-estrutura como também na aferição dos custos totais de propriedade e avaliação clara do retorno de investimentos.


    Esta alternativa de uso dos dispositivos móveis sem uma estratégia corporativa pode resolver problemas específicos, pontuais e de momento da corporação. Entretanto, pelo fato de não levar em conta a corporação como um todo, pode até criar problemas maiores num futuro próximo.


    Pesquisa realizada pela Larstan Business Report, no decorrer de 2005, com cerca de 1000 das maiores corporações americanas revelou que somente uma minoria das organizações tem buscado uma estratégia integrada para o uso de tecnologias de mobilidade com seus sistemas de gestão empresarial e uma quantidade menor ainda, reportam a existência de um planejamento corporativo para iniciativas de mobilidade.


    Uma avaliação qualitativa dos dados levantados sinaliza que uma abordagem mais estratégica pelas corporações na introdução de tecnologias de mobilidade pode afetar operações e processos fundamentais, e ser a diferença na adoção de regras e práticas de competitividade em suas áreas de atuação.


    O fato é que existe um longo gap entre o conhecimento de que mobilidade é um desenvolvimento estratégico e o esforço atual para responder o que é imperativo nas organizações. É necessário que os executivos, CIO’s e planejadores estratégicos integrem a nova cultura de mobilidade em suas operações.


    Estes cenários e movimentos devem ser antecipados, pesquisados, avaliados, projetados e definidos de acordo com os aspectos culturais internos e externos à corporação, bem como de acordo com a missão e visão corporativa constituindo assim numa estratégia de Mobilidade Corporativa.


    Drivers


    Está se cunhando no mercado o termo Mobilidade Corporativa que engloba a adoção de direcionamentos para o paradigma da comunicação wireless na Gestão Corporativa. É impossível discutir mobilidade sem endereçar o dramático crescimento que está ocorrendo no mercado wireless para a adoção de uma proposta geral adequada de infra-estrutura Móvel Corporativa.


    Existe uma consciência clara de que as soluções de mobilidade são aplicações de tecnologia wireless para incrementar a produtividade, viabilizar novos serviços e produtos, reduzir custos e criar valor agregado para as corporações. Deve-se destacar, entretanto, que wireless é um “subconjunto” de mobilidade, mas mobilidade não é necessariamente traduzida por wireless.


    Nos casos onde existe ruptura física entre trabalhadores e as informações que necessitam para executar seus trabalhos, as aplicações wireless tem forte apelo. Já, as soluções de mobilidade encontram terreno fértil em ambientes de trabalho caótico onde o tempo de acesso às informações corporativas é critico.


    A estratégia que tem se mostrado correta é aquela sustentada pela avaliação mais precisa para entregar a informação adequada para a pessoa certa no tempo necessário. Através da habilidade em otimizar a performance do funcionário e alavancar serviços ao cliente, as empresas têm obtido ganhos substanciais em precisão, velocidade e produtividade.


    Certas áreas das corporações, tais como automação de força de vendas, pesquisa, serviços de campo, visibilidade em supply chain, distribuição, logística e monitoramento de operações, onde a dinâmica entre sistemas críticos de informações, distâncias físicas entre trabalhadores, suporte a eventos inesperados e localização ou status de ativos são fatores preponderantes, indicam que soluções de mobilidade têm valor significativo.


    Identificar os principais fatores que devem ser observados durante o processo de avaliação e contratação dos serviços de mobilidade corporativa é um dos principais desafios das organizações usuárias.


    Alguns dos fatores chaves a serem observados são:
    A demanda por mobilidade segmentada por perfil de usuário no ambiente corporativo;
    A integração das aplicações com os sistemas de gestão empresarial;
    A diversidade de tecnologias;
    A multiplicidade de operadoras, a regionalização das mesmas e a diversidade de oferta dos planos corporativos;
    A diversidade de equipamentos e terminais;
    A questão de segurança, da cobertura e do roaming;
    Como realizar a gestão de contratos com provedores de solução, inclusive nos aspectos de SLA’s praticados e de suporte técnico.

    Cenários muito específicos de linhas de negócio devem direcionar a estratégia da Mobilidade Corporativa, traduzindo as demandas que requerem das corporações mudanças nos processos de negócio juntamente com a otimização dos investimentos nas aplicações móveis, seus dispositivos e nas áreas de TIC que tenham que suportá-los.


    Outra necessidade é a instituição de políticas e procedimentos de gerenciamento para proteger os ativos de mobilidade corporativa e otimizar seus custos.

     
    Mobilidade Corporativa: Estágios de Maturidade



    A resposta por parte de TIC às demandas das áreas de negócios é sempre uma tarefa complexa, principalmente quando se pretende implantar uma estratégia de Mobilidade Corporativa.


    Essa complexidade se deve a Fatores como a heterogeneidade das tecnologias, as estratégias de aplicação dos recursos, os requisitos da empresa, os processos de controle e, principalmente, a falta de consciência organizacional do nível de maturidade da infra-estrutura dos serviços de TIC aplicados à Mobilidade Corporativa, notadamente quando se comparam com outras organizações do mesmo porte ou complexidade.


    Segundo estudos efetuados pela equipe da GV Projetos, o entendimento é que a melhor resposta, no entanto, é a implantação de uma boa Governança de TIC.


    Sendo assim entendemos que a Governança em Mobilidade Corporativa deve ser construída buscando, ao mesmo tempo, respeitar as normas e padrões existentes e a cultura de organização das empresas. Para isso deve ser utilizada uma forma gradativa e participativa de implantação da estratégia de Mobilidade Corporativa, visando criar um processo que possa evoluir de acordo com as necessidades e o ritmo de cada empresa.



    Figura 1: Impactos da Mobilidade Corporativa.



    Basicamente a Estratégia de Mobilidade consiste na criação e gerenciamento de novos processos de negócio e procedimentos que permitam colher as vantagens das tecnologias de rede wireless e dispositivos móveis que têm agora disponibilidade garantida. Em complemento deve haver um desenvolvimento de infra-estrutura de sistemas empresariais que possam suportar o tráfego de missão crítica no ambiente móvel.


    Num nível mais avançado, a Estratégia de Mobilidade não só deve suportar os usuários móveis como também, e automaticamente, incrementar as aplicações móveis sem intervenção humana. No passado, mobilidade era definida como comunicação pessoa-pessoa.


    Hoje a abrangência é bem maior incorporando outras metodologias tais como comunicação pessoa-máquina, máquina-pessoa e máquina-máquina. A interação de indivíduos e dispositivos pode ser considerada como a alavanca para uma completa mudança na estratégia da comunicação empresarial.


    Pela visão da Estratégia de Mobilidade as empresas devem começar a contabilizar e categorizar dispositivos e tecnologias com foco em itens como soluções, estratégias, arquiteturas e mudanças de processos, itens esses que podem quebrar verdadeiras ilhas de funcionalidade para incrementar e otimizar a operação interna das organizações com a força de trabalho móvel ou remota e com parceiros de negócio.


    As organizações necessitam examinar sua base de clientes e seus processos de negócio, e avaliar em que estágio de maturidade se encontram na aplicação de soluções de mobilidade e qual o impacto e significância para a sua força de trabalho.


    A avaliação do estágio de maturidade se insere nesse contexto, como parte integrante da metodologia de Governança, e deve ser focada principalmente na maturidade da infra-estrutura de TIC aplicada à Mobilidade Corporativa.


    Assim, a avaliação de maturidade do uso da infra-estrutura Móvel Corporativa é um dos primeiros passos da aplicação da metodologia para implementação de uma boa Governança em Mobilidade Corporativa.


    O modelo de maturidade da infra-estrutura (hardware, software e rede) aqui exemplificado, corresponde a um “Gap Analysis” que determina onde estamos e para onde devemos ir, e tem por finalidade definir uma infra-estrutura para aplicação da Mobilidade Corporativa com maior performance e com custos operacionais minimizados.


    O processo de implementação de Mobilidade Corporativa, como mostra a figura abaixo, é desenvolvido em cenários que começam com aplicações básicas no nível operacional, tais como automação de força de vendas e telefonia celular especifica para voz, movem-se para a criação de novas aplicações de negócio, passando pelo nível tático, e terminam incorporando processos móveis de negócio, no nível estratégico.



    Figura 2: Estágios de maturidade.


     
    Mobilidade Corporativa: Implementação



    Premissas


    As soluções de mobilidade estão presentes e em pleno desenvolvimento nas corporações. Assim, a sua implementação deve ser precedida de cuidados específicos, regras e padrões conforme seguem:
    Como a Mobilidade Corporativa criará valores para as corporações nas suas arenas de competição e no atendimento dos objetivos maiores de negócio?
    Como as corporações líderes em seus setores estão usando a Mobilidade Corporativa na criação de valores agregados ou recriando novas maneiras para obter resultados de negócio?
    Na sua cadeia de valores, o que especificamente seus competidores estão fazendo em relação à Mobilidade Corporativa, como usam na agregação de valores e redução de custos e como devem, através de suas ações, deslocar ou transferir as expectativas de seus clientes?
    Que implicações a Mobilidade Corporativa tem para sua cadeia de valores, mudando-a e/ou incrementando-a, e com quem você deve se aliar?
    Cessando o potencial de Mobilidade, o que sua empresa pode fazer para aumentar o valor agregado das soluções na obtenção de resultados de negócio?
    Como determinar prioridades na aplicação de soluções de Mobilidade Corporativa?
    Como garantir que as Soluções de Mobilidade Corporativa direcionem aplicações decisivas para os desafios de negócios no dia-a-dia? com investimentos prioritários no interesse em perseguir novas formas de fazer negócio.
    Como e onde avaliar o retorno sobre o investimento (ROI) das Soluções de Mobilidade Corporativa?
    Como determinar e avaliar os obstáculos tecnológicos e de gerenciamento (recursos humanos, infra-estrutura, etc.) bem como os de reavaliação de processos de negócio incluindo processos de mobilidade?

    Implementando a Estratégia da Mobilidade Corporativa


    Para a implementação de uma estratégia de mobilidade corporativa os seguintes passos são recomendados:


    Fase 1 – Visão Estratégica


    O propósito desta fase é identificar o estágio de maturidade da organização no uso da mobilidade corporativa, estabelecer os objetivos de negócio em relação às tecnologias de mobilidade e criar uma visão estratégica corporativa.


    Fase 2 – Mapeamento de Processos Chave de Negócios


    Esta fase tem como objetivo levantar, validar e definir os processos chaves da corporação em relação às tecnologias de mobilidade:
    Identificar que processos críticos do negócio devem ser melhorados;
    Identificar quais conjuntos de procedimentos devem ser trabalhados na Mobilidade Corporativa;
    Identificar quais são as vantagens alinhadas ao negócio que devem ser destacadas para direcionar as informações pertinentes para serem disponibilizadas aos trabalhadores móveis da corporação.

    Fase 3 – Avaliação e Escolha de Tecnologias de Mobilidade


    Nesta fase serão apresentadas as alternativas de adoção de tecnologias de mobilidade, tais como melhoria dos processos para aumento de produtividade e geração de diferenciais competitivos, bem como a integração com sistemas legados.


    Fase 4 – Definição de Aplicações de Mobilidade Corporativa


    Nesta fase serão estabelecidos os procedimentos padrões para definição de Estratégia Básica para:
    Assegurar a integração com os Sistemas Legados nos aspectos das informações relevantes para mobilidade;
    Assegurar a interoperabilidade de Sistemas e Aplicações Corporativas;
    Adicionar Novos Usuários em Aplicações Existentes;
    Definir e adicionar Novas Aplicações de Mobilidade;
    Identificar e criar planos para contornar os obstáculos para o sucesso dos Projetos de Mobilidade Corporativa.

    Fase 5 – Implementação Efetiva e Contínua das Aplicações de Mobilidade Corporativa


    Nesta fase devem ser apresentadas as recomendações quanto às ações estratégicas e de governança a serem adotadas para implantação de políticas e processos, que assegurem a implantação de projetos de mobilidade com qualidade, segurança e garantia de payback.


    Devem ser estabelecidas métricas para avaliação de Resultados e Progressos das Implementações das Soluções de Mobilidade Corporativa.

     
    Mobilidade Corporativa: Considerações Finais



    Numa visão holística, a mobilidade cria novas maneiras de executar o trabalho livre das restrições tradicionais de tempo e espaço.


    Para implementá-la com sucesso devem ser considerados cuidadosamente os efeitos que a mobilidade terá sobre os profissionais de sua empresa, sobre os processos de negócios e sobre a infra-estrutura de TIC.


    Como uma pedra jogada num lago um projeto de mobilidade pode causar grandes ondulações na organização.


    Como TIC está inserida em praticamente todos os processos de negócio das empresas, um bom desempenho da infra-estrutura Móvel Corporativa permitirá, por sua vez, um bom desempenho das atividades de negócio, razão de existência das empresas.


    A Governança de TIC estabelece uma linguagem comum entre os especialistas de TIC e os gestores das áreas de negócios da empresa, e cria um diálogo objetivo entre todos, baseado em métricas de negócio, o que permite ao pessoal de TIC compreender as reais necessidades do negócio quanto aos projetos de Mobilidade Corporativa, e, às áreas usuárias, perceber os potenciais e as reais capacidades de TIC.


    Finalmente para que as empresas possam diminuir o gap do conhecimento de que Mobilidade Corporativa é um desenvolvimento estratégico e fundamental como diferencial competitivo, recomendamos:
    Que haja um entendimento claro dos objetivos da organização, quanto à utilização de tecnologias de mobilidade;
    Que seja efetuado o mapeamento do estágio de maturidade em que a organização se encontra;
    Que os processos afins sejam estudados e mapeados detalhadamente;
    Que executem ações que viabilizem a seleção e a aplicação das soluções de mobilidade com melhor custo x beneficio e, acima de tudo, com aderência ao negócio da empresa.